Os embarques brasileiros de suco de laranja concentrado, congelado, equivalente a 66º brix (FCOJ) nos seis primeiros meses no ano-safra 2018/2019 (julho a dezembro) registraram queda de 12% em relação ao mesmo período da safra anterior, totalizando 516.909 toneladas.
“Na safra passada, devido aos estoques muito baixos, houve uma movimentação de suco muito grande justamente para repor esses estoques, então, além de atender à demanda corrente foi necessário repor uma quantidade considerável do produto”, diz o diretor-executivo da CitrusBR, Ibiapaba Netto.
Entre os meses de julho e dezembro de 2018, as exportações somaram US$ 968.615, queda de 8% em relação aos US$ 1.051.978 registrados no mesmo período de 2017.
Para a União Europeia, mercado que consome cerca de 70% do suco de laranja brasileiro, as exportações registraram 333.529 toneladas, queda de 8% em relação às 361.934 toneladas registradas no mesmo período de 2017. O faturamento somou US$ 625.593, queda de 4% em comparação a 2017, US$ 649.719.
A redução mais acentuada foi registrada nas exportações para os Estados Unidos. No período, foram embarcadas 112.650 toneladas ante as 151.260 toneladas no ano anterior, queda de 26%. O resultado nas exportações para os Estados Unidos, neste momento, era esperada pelas indústrias, já que na safra anterior, os pomares haviam sido atingidos pelo furacão Irma [setembro de 2017] e o país precisou importar mais suco. O faturamento com as exportações somou US$ 202.983, queda de 23% em relação aos US$ 263.109 registrados em 2017.
A China, 4º maior mercado consumidor do suco de laranja brasileiro, importou 14.744 toneladas ante as 18.992 toneladas na safra passada. A queda foi de 22% no volume, e de 19% no faturamento, que caiu de US$ 36,9 milhões nos seis primeiros meses de 2017, para US$ 29,9 milhões no mesmo período de 2018.
“A China tem comprado muito suco não concentrado (NFC) de países como Chipre, Espanha e Israel”, explica Netto.
No caso, uma regra que associa a temperatura do suco na hora do recebimento ao valor da tarifa a ser paga tira a competitividade do suco de laranja brasileiro e abre espaço para outros concorrentes que estejam mais próximos do país asiático.
Já as exportações para o Japão registraram alta de 65% em relação ao mesmo período da safra anterior. Nos seis primeiros meses de 2018, foram exportadas 30.195 toneladas ante as 18.293 toneladas embarcadas em 2017. “Ao que tudo indica, não se trata de um aumento de demanda, mas adiantamento de embarques para esse destino”, explica Netto.
FCOJ e NFC
Em 2018 (julho/dezembro) as exportações de FCOJ (suco concentrado congelado) somaram 364.279 toneladas, uma queda de 19,27% em relação ao mesmo período de 2017, quando foram exportadas 451.231 toneladas. Já o faturamento, somou US$ 690 milhões, 14,8% menos que em 2017, US$ 809,3 milhões.
Para a União Europeia, as exportações de FCOJ totalizaram 246.196 toneladas, 12,3% menos que em 2017, que totalizaram 280.938 toneladas. O faturamento foi de US$ 466.563.948, 7% menor que em 2017, que somou US$ 501.920.561. Para os Estados Unidos, os embarques de FCOJ entre os meses de julho e dezembro de 2018 apresentaram queda de 52,27%, com 47.380 toneladas ante as 99.263 toneladas em 2017.
As exportações de NFC (suco não concentrado em equivalência a 66º Brix) totalizaram 152.630 toneladas, 14% a mais que no mesmo período de 2017, quando foram exportadas 133.359 toneladas. O faturamento atingiu US$ 278.637.802, 15% a mais que em 2017, quando atingiu US$ 242.609.716.
Para a UE os embarques de NFC totalizaram 87.333 toneladas, 8% mais que no mesmo período de 2017, com 80.995. Já o faturamento, alcançou US$ 159.028.736, alta de 8% sobre os US$ 147.798.005 em 2017.
Para os Estados Unidos, as exportações totalizaram 65.270 toneladas, 26% acima das 51.997 toneladas do período anterior. O faturamento atingiu US$ 119.403.462, 27% acima dos US$ 94.091.744.
Fonte : www.comexdobrasil.com