O Brasil vai bem no comércio exterior, com superávit de US$ 42,5 bilhões no período de janeiro a julho, um recorde, e boas possibilidades de encerrar o ano com um saldo positivo de R$ 60 bilhões. Também recorde – para o mês – foi o excedente de julho, quando as exportações superaram as importações por US$ 6,3 bilhões. A conta comercial tende a melhorar quando a atividade interna é baixa e o desemprego é alto, principalmente por causa da redução das compras de bens estrangeiros. Mas o caso brasileiro é diferente e muito mais promissor. O valor exportado este ano, de US$ 126,5 bilhões, foi 18,7% maior que o de janeiro a julho de 2016. O importado, de US$ 83,96 bilhões, foi 7,2% superior ao de um ano antes. As vendas e compras de mercadorias tanto refletem como alimentam a incipiente recuperação da economia – e isso é um dos aspectos mais animadores desses números. Mas outros bons sinais são descobertos quando se examinam detalhes bem menos vistosos. A crescente importância da indústria no comércio exterior é um desses detalhes. A participação industrial é ofuscada, à primeira vista, pela excelente evolução das exportações de produtos básicos. Os US$ 60,8 bilhões proporcionados pela venda desses produtos – valor 26% maior que o de um ano antes – corresponderam a 48,1% da receita comercial de sete meses.
Fonte: http://www.aduaneiras.com.br/