A guerra comercial entre Estados Unidos e China trará impactos negativos para o Brasil, declarou o presidente da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB), José Augusto de Castro, durante a abertura do 9º Encontro Nacional de Comércio Exterior de Serviços (Enaserv), em São Paulo.
“As exportações brasileiras estão centradas em commodities, atingidas diretamente pelas desavenças entre as duas potências mundiais”, afirmou Castro. Para ele, o Brasil precisa aumentar a exportação de serviços, que tem maior valor agregado, e responde hoje por 73% do PIB brasileiro, embora apenas 25% desse total seja resultado da exportação. “É necessário que o país faça reformas estruturais para que não esteja fadado a ser um país exportador de commodities apenas.”
A diretora de negócios da agência brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex Brasil), Marcia Nejaim Galvão de Almeida, disse que as exportações globais de serviços movimentam US$ 4,8 trilhões e mesmo o Brasil sendo o principal exportador da América Latina ainda contribui muito pouco para esse montante.
O setor de serviços é fundamental para dinamizar a economia brasileira e sua representatividade está alinhada com a de países desenvolvidos. Responsável por 67% das vagas formais de trabalho, também contribui para a competitividade nos demais setores da economia, segundo avaliação do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços.
Fonte: http://www.aduaneiras.com.br/