O ministro do Comércio Exterior do Líbano, Hassan Mourad, visitará o Brasil, na segunda-feira (29) participará, no Rio de Janeiro, do Seminário Empresarial de Comércio Exterior “Desafios e Oportunidades de Negócios entre Brasil e Líbano”, promovido pela Federação das Câmaras de Comércio Exterior (FCCE) em parceria com o Consulado Geral do Líbano no Rio de Janeiro e a Câmara de Comércio Líbano-Brasileira do Rio de Janeiro.
Além do Seminário, durante o evento na sede da FCCE haverá Exposição de Produtos Agroalimentares do Líbano e Rodada de Negócios, com a participação de 20 empresários libaneses, que tratarão de negócios com seus homólogos brasileiros.
A visita do ministro Hassan Mourad tem por objetivo explorar possibilidades de ampliação do intercâmbio comercial com o Brasil. Na opinião de analistas do comércio exterior as trocas bilaterais brasileiro-libaneses estão aquém da exploração de seu potencial e é disto que deverá tratar o ministro em sua visita ao País.
Segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério da Economia, em 2018, as exportações brasileiras registraram uma leve alta de 2,46% e somaram US$ 270 milhões. Em contrapartida, o Líbano ampliou em 40,65% suas vendas ao Brasil e as exportações totalizaram US$ 28 milhões.
O fluxo de comércio bilateral proporcionou ao Brasil um superávit de US$ 242 milhões e o ministro Hassan Mourad, e em especial os empresários que o acompanharão na visita ao Brasil, tratarão com seus interlocutores sobre as possibilidades de ampliar o comércio e torná-lo mais equilibrado.
Para alcançar esse objetivo será necessário reverter a tendência de queda nas exportações brasileiras e libanesas registradas nos três primeiros meses deste ano. No período, as exportações brasileiras alcançaram o montante de US$ 57 milhões (queda de -15,21% em comparação com o mesmo período de 2018), enquanto as vendas libanesas contraíram 24,96% para pouco mais de US$ 600 mil.
Os principais produtos exportados pelo Brasil foram carne bovina (US$ 16 milhões), café cru em grãos (US$ 14,5 milhões), bovinos vivos (US$ 12 milhões), milho em grãos (US$ 4 milhões) e fumo em folhas (US$ 2 milhões). Do lado libanês, as vendas bastante limitadas tiveram como destaque motores, geradores e transformadores (US$ 147 mil), reagentes compostos de diagnósticos (US$ 117 mil), instrumentos e aparelhos médicos (US$ 83 mil), obras de plástico (US$ 69 mil) e doces e geleias (US$ 32 mil).
Segundo analistas de comércio exterior, dois detalhes chamam a atenção quando se verifica os números da balança comercial entre os dois países: de um lado, a forte concentração das exportações brasileiras nos produtos primários, de menor valor agregado e, do outro, a expressiva participação dos bens industrializados nas vendas libanesas para o Brasil.
De acordo com esses analistas, o Brasil tem plenas condições de diversificar as vendas de produtos manufaturados, sem reduzir os embarques de commodities- e também pode ampliar as importações de bens industrializados e de produtos agroalimentares libaneses.
Fonte: www.comexdobrasil.com