O presidente Donald Trump cancelou, por meio de decreto, a participação dos Estados Unidos do Tratado Transpacífico de Comércio Livre (TPP, sigla em inglês), o mais importante acordo internacional assinado pelo ex-presidente Barack Obama, destinado a estabelecer novas bases para as relações comerciais e econômicas de 12 países do Oceano Pacífico, reduzindo tarifas e estimulando o comércio para impulsionar o crescimento.
Os países signatários são: Austrália, Brunei, Canadá, Chile, Japão, Malásia, México, Nova Zelândia, Peru, Cingapura, Estados Unidos e Vietnã. Com a medida, Trump começa – já no primeiro dia útil de seu mandato, após tomar tomar posse sexta-feira (20) – a reconfigurar o papel dos Estados Unidos na economia global.
Durante a campanha, o presidente Trump já havia anunciado que iria abandonar formalmente a Parceria Transpacífico, por considerar o acordo ruim para os trabalhadores americanos. A parceria ainda não tinha sido aprovada pelo Congresso americano e agora, com a saída dos Estados Unidos, o acordo praticamente se inviabiliza, já que a parceria tinha como pressuposto o mercado americano. O posicionamento dos Estados Unidos no mercado global vai obrigar os países que têm comércio forte com o mercado americano a reavaliar suas estratégias.
A saída dos Estados Unidos da parceria com os países do Pacífico representa uma inversão na tendência de décadas de política econômica internacional – executadas tanto por governos democratas quanto por republicano – de reduzir as barreiras comerciais e expandir o comércio em todo o mundo. Embora os candidatos muitas vezes tenham criticado acordos comerciais na campanha, aqueles que chegaram à Casa Branca, incluindo o presidente Barack Obama, acabaram ampliando o alcance dessas relações.
Fonte: http://www.aduaneiras.com.br/